quinta-feira, 29 de abril de 2021

O falhanço do ensino à distância é maior (ainda) do que eu receava

Imagem obtida aqui.
Disponho já de dados (mais) concretos e específicos (relativamente aos meus alunos). Apliquei (os tradicionais) testes escritos (em papel, claro) nos dias de reinício das aulas presenciais do ensino secundário (na semana passada), “corrigi-os” entretanto (acabei há bocadinho), fiz ontem a entrega e discussão com alguns alunos e fá-la-ei amanhã com outros.

Verifico que os bons alunos e os que (suspeito que) têm algum apoio (ou são mais activos a solicitar-mo a mim…) se aguentam, mas os restantes “afundam-se”. Esta constatação era, de algum modo, previsível, mas não é menos amarga por isso.

Agora, empenho-me quanto posso em incutir-lhes confiança e resiliência. Parecem-me receptivos à mensagem (ou, pelo menos, não refractários). Espero que não desistam de conseguir. E de trabalhar para isso.

Donde, não são pequenas, nem simples, nem fáceis as tarefas das semanas que restam até ao término das aulas.


José Batista d’Ascenção

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Ensinar sem truques falsos nem ficções ilegítimas

Pelo Centro de Ciência Viva de Estremoz

Hoje, na Escola Secundária Carlos Amarante – Braga, resumidamente, os temas tratados foram os seguintes:

- Do ciclo das rochas ao ciclo tectónico;

- Das ondas sísmicas à estrutura da Terra;

- Da tabela periódica aos minerais e à idade da Terra.

As relações da Terra com a geologia, com a física e com a química, respectivamente, foram postas em evidência por três jovens investigadores, com materiais na sua maior parte inventados por eles: modelos, estruturas, dispositivos, instrumentos, representações figurativas, ou objectos sabiamente aproveitados, através dos quais chamaram os alunos à participação. E com grande sucesso. Servidos por uma boa capacidade pedagógica, associada à necessária solidez científica, logo cativaram a miudagem, todos de 10 º ano. Em cada um dos espaços sucederam-se as turmas, uma de cada vez, com os alunos sempre motivados.

Vários ensinamentos a extrair, também pelos professores. Os Drs Alexis, Francisco e Mário não precisaram de computadores, nem de telemóveis, nem de projector, nem sequer de corrente eléctrica. Os alunos também não lhes deram pela falta.

Valeu muito a pena.

Sentida gratidão. Só para que conste.

José Batista d’Ascenção