Decorrem no ensino básico as chamadas provas de aferição. Estas provas não se reflectem nas avaliações formais dos alunos, razão por que, no entendimento deles, “não servem para nada”. Em consequência, nem se preparam para a sua realização nem se esforçam durante a sua execução. Tanto se lhes dá! Pelo que, a credibilidade dos resultados dificilmente corresponde ao desejável.
Do ponto de vista do ministério, talvez interesse saber, particularmente após os tempos de pandemia (que persiste…) as áreas de saber mais e menos conseguidas, em várias disciplinas.
Porém, é legítimo que nos interroguemos sobre o porquê de não recolher esses dados a partir do trabalho dos professores, que todos os dias de cada ano lectivo lidam com os alunos e, no 2º e 3º ciclos, propõem as classificações que são ratificadas pelos conselhos de turma (reuniões de avaliação), nos finais de cada período e de cada ano lectivo. Com boa organização, e dispensando tanta burocracia inútil, devia conseguir-se. Além disso, manifestava-se confiança nos docentes, envolvendo-os na obtenção de informação útil.
O que sinto, enquanto docente, é que o ministério da educação não confia na capacidade e no rigor da avaliação dos professores. Reciprocamente, os professores percebem que o estudo feito não prima pela exactidão e (também) não lhe dão importância.
Que vantagens há em trabalhar assim?
José Batista d’Ascenção
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