As magnificentes árvores do recinto da Escola Secundária Alberto Sampaio (ESAS), os espaços do seu recreio e os seus jardins interiores, tudo tão harmónico e bem cuidado, causam em mim um sentimento de apreço, acentuado pela dedicação e trabalho que pressupõem.
Tenho pena de que, na minha escola, depois da intervenção no parque edificado, há cerca de dez anos, em que o estado gastava como se fosse rico, não tenha sobrado espaço para se fazer algo parecido. Aos meus colegas (de grupo disciplinar) da Alberto Sampaio digo que tenho inveja deles. E eles sorriem.
Bem sei que nem todas as pessoas, mesmo professores, gostam de árvores grandes no interior das cidades, próximas das habitações. Ele é o pólen que pode causar alergias (problema que eu atenuo com alguns anti-histamínicos…), ele são as folhas que caem abundantemente no Outono, ele é o perigo de algum (grande) ramo cair e atingir pessoas ou carros ou edifícios, etc. Sendo verdade, o que requer os devidos cuidados, não é mais importante que o oxigénio que produzem, a sombra nos dias tórridos, o consumo de CO2, a libertação de vapor de água que ameniza a secura do pino do Verão, o facto de serem locais de poiso e de nidificação para certas aves e, coisa importante, o exemplo para as crianças e jovens que devemos formar. E há ainda a beleza do verde frondoso. Sim, a beleza do verde que vai faltando (com que o “verde-eucalipto” não se compara).
Por isso, a comunidade de Braga e os seus órgãos de poder deviam estar gratos à ESAS, apoiá-la no cuidado e na manutenção do seu património vegetal e registar o seu exemplo.
Eu, que, praticamente, só lá vou levantar e entregar provas de exame, e que não tenho lá ninguém familiar, próximo ou remoto, como docente, funcionário ou aluno, anoto desta forma o meu humilde elogio.
E o meu agradecimento.
José Batista d’Ascenção
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