(excerto de uma declaração para as actas do final do 2º período do ano lectivo 2023/24)
«A propósito de comportamento, o professor de […], declarou […] que se vem agravando e generalizando, nos anos recentes, a atitude de os alunos copiarem aquando da realização de elementos escritos de avaliação, como se tal procedimento configurasse um direito ao invés de constituir uma fraude. O problema vem do ensino básico e parece ter-se tornado um comportamento “natural”. Face a tão chocante anomalia, o docente dirige um apelo a todos os professores, aos órgãos da escola, aos serviços de inspeção, às instâncias hierárquicas do Ministério da Educação e, também, aos senhores encarregados de educação, com vista à conjugação de esforços na defesa de princípios e à aplicação firme de medidas que honrem o que deve ser o papel da Escola, promovendo valores de honestidade e de dignidade imprescindíveis à boa formação de crianças e jovens.
Por outro lado, tendo em conta o que se chama “clima de escola ou ambiente escolar”, o mesmo docente, dirige novo apelo às mesmas instâncias, e muito particularmente, aos senhores encarregados de educação para que ajudem os professores e os funcionários a conter comportamentos de incivilidade e agressividade que se têm verificado nos espaços escolares e que, já este ano, vitimaram professores. Em seu entender, para além de situações inaceitáveis em si, como os docentes estão (cada vez mais) envelhecidos e fragilizados, em resistência e saúde, se adoecerem têm que parar e os alunos perdem aulas. Entendendo-o como pertinente e conveniente, o professor abordou o problema neste conselho, em linguagem simples, clara e frontal, a fim de que se possa atalhar das formas mais expeditas e alargadas. Mais disse que o fez por imperativo de consciência e desejo de contribuir para manter e elevar o bom nome e prestígio da instituição escolar...»
José Batista d’Ascenção