Um dos tempos de apoio (às minhas disciplinas) é às Quartas e começa a hora imprópria: 14.05 h.
Chegou afogueada, com quinze minutos de atraso, preocupada em justificar-se: a fila da cantina era longa, comeu à pressa, e viera directamente, de tal modo que deixara a mochila na biblioteca.
Sosseguei-a, disse-lhe que, se precisasse de algum material, podia ir buscá-lo e que, depois, me dava conta das suas dúvidas sobre a matéria. Tudo sem correr.
Pouco demorou. Trazia as dificuldades bem elencadas. Deu tempo para esclarecê-la e elogiar-lhe o esforço.
Não compareceu mais ninguém, afinal, o teste é “só” para a semana… Ela precata-se com tempo. Vai passar a trazer que comer de casa, para comparecer com mais frequência, disse-me, num sorriso aberto.
Ficou contente por se sentir esclarecida, agradeceu e despediu-se.
De nada, retorqui, e pedi-lhe para não ficar aflita – basta pedir ajuda.
Só, permaneci um minuto a saborear o gosto de me sentir útil – o troféu profissional que mais desejo.
Hoje foi um dia compensador.
José Batista d’Ascenção
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