domingo, 16 de março de 2025

Plasmólise e turgescência em células vegetais

Foi já na manhã de Quinta-feira. Usaram-se pétalas de magnólia, de camélia e de sardinheira. Nestes casos, a variação do colorido ajuda, mas obriga à utilização cuidadosa do bisturi. Material muito mais fácil de usar e de resultados claros são as folhas de elódea, como a imagem documenta. Para imagens de células túrgidas, basta a água da torneira como meio de montagem, sem mais. Para obter imagens de células plasmolisadas (ver imagem, ampliada 400x) é suficiente dissolver três colheres de chá bem cheias de sal (cloreto de sódio) ou de açúcar (sacarose) em 400-500 ml de água (da torneira), e usar a solução (hipertónica) obtida como meio de montagem.

Mais interessante é começar com preparações temporárias usando água da torneira como meio de montagem (solução hipotónica) e observar as células túrgidas. A seguir, com uma pipeta de Pasteur, colocam-se duas ou três gotas da solução hipertónica num dos bordos da preparação, à direita ou à esquerda, e aspira-se o meio de montagem com uma tira de papel de filtro do lado oposto. À medida que a solução hipotónica é substituída pela solução hipertónica, que vai irrigando as células, vê-se estas a passarem do estado de turgescência ao estado de plasmólise.

Os alunos ficam entusiasmados e percebem então muito bem o que o discurso e as imagens do manual ou as explicações teóricas do professor não evidenciam tão convenientemente, dadas as limitações de leitura, de compreensão e de análise de muitos alunos. 

José Batista d’Ascenção

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