Excerto de entrevista ao neuropsicólogo Álvaro Bilbau no jornal «Público»de hoje (p. 14)
[…]
«O que diria a um pai que decide dar um telemóvel a um filho?
Se eu fosse esse pai, a comprar um telemóvel para o meu filho de 13 anos, a primeira coisa que lhe dizia é: este telemóvel não é teu. Podes usá-lo, mas eu posso supervisioná-lo, posso decidir tirar-to, posso dar-to, não é o teu telemóvel, é meu. Assim, a criança vai perceber que não é uma coisa de uso livre, para fazer tudo o que quer. E tem de haver regras claras. Duas das mais importantes são que nos lugares onde estamos juntos não o podemos usar, ou seja, à mesa, quando estamos a comer, não podemos olhar para o telemóvel, nem tu nem eu. A segunda é que o telemóvel não pode dormir no mesmo quarto que tu porque isso vai transtornar-te o sono. E, claro, têm de ter as limitações de tempo, os espaços com e sem.» […]
Afixado por: José Batista d’Ascenção
De uma grande tristeza. Que pais esta sociedade decadente "pariu"?
ResponderEliminarAlguns destes problemas não são recentes. É o caso da enurese nocturna em crianças grandes, que sempre existiu, mas de que as pessoas não falam, talvez por vergonha. Agora as outras situações serão fruto dos tempos que correm, se bem que os sempre abundantes "especialistas da educação" não dêem por elas. É por essas e por outras razões que o papel de professor é cada vez mais dífícil...
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