Mas é preciso que façam, e que percebam o que fazem. E para entenderem o(s) porquê(s) e os “para quê?” do que executam é preciso atenção, trabalho, disciplina e… gosto.
Estas condições elementares não estão reunidas em muitas aulas de muitas escolas do nosso país. Os professores (que dão – ou tentam dar – aulas) sabem-no bem.
Claro que há muitas outras condicionantes de que aquelas dependem, mas se elas não existirem, nada feito: com tecnologia, sem tecnologia, com trabalho de grupo, sem trabalho de grupo, com actividades lúdicas ou sem elas…
Para mim, que gosto de ser um professor “clássico”, não fazemos um trabalho profícuo com, pelo menos, dois terços dos alunos, desde há décadas. E o panorama não me parece animador, dourêmo-lo nós das (múltiplas) formas que quisermos.
Desta vez, na aula prática, tratámos da ascensão de água (e sais minerais) no tecido condutor de seiva bruta das plantas – o xilema. Ficou bonito, como a imagem documenta [mais à direita, com o caule rachado bem rectilineamente, de cima a baixo, e cada parte mergulhada numa solução de cor diferente, a rosa ficou corada de modo diferente em cada uma das metades do conjunto da corola].
A parte má é que (me) foi preciso dar ordem de saída do laboratório a um aluno, que não a queria aceitar e acabou por sair da sala a ameaçar que ia telefonar à mãe. Vejam só.
José Batista d’Ascenção
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