domingo, 27 de julho de 2025

Mudam-se os tempos, mudam-se os comportamentos

Sem surpresa, ouvi e li nas notícias da semana passada, o caso de um aluno universitário, um adulto de quarenta anos, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que agrediu uma professora que o apanhou a copiar num exame. Esse indivíduo tentou agredir outra professora, também vigilante do mesmo exame, e mordeu um colega que tentou proteger a primeira vítima. A violência terá ocorrido perto do final da prova, quando o agressor regressou à sala, de que havia saído quando apanhado.

Estes factos, em si, são chocantes, mas não imprevisíveis, se se tiverem em conta as atitudes e os comportamentos que se tornaram vulgares no ensino básico e secundário. Copiar, à vista dos professores, e após o aviso destes, é comum, muitos pais convivem bem com isso, e para os professores que não aceitam essa realidade, o ambiente pode tornar-se hostil. São factos.

Ora, se crianças e jovens são “reis” de actos e procedimentos inaceitáveis, como esperar que, quando adultos, possam respeitar os limites necessários?

Não admira que a profissão de professor não seja muito desejada. Percebe-se bem porquê.

José Batista d’Ascenção

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