sexta-feira, 26 de junho de 2020

Últimas aulas do ano lectivo

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Custam(-me) sempre, as despedidas.
Hoje, de manhã, à distância, e de tarde, presencialmente, perante os alunos que acompanhei durante o décimo e o décimo primeiro anos, confessei(-lhes) que, se o aluno fora eu, e tivesse um professor que nunca faltou, e que nem se lembra de ter chegado atrasado a qualquer aula durante os dois anos, e que logo que o confinamento foi levantado, voltou a correr para a escola, a que chegava largos minutos antes da hora, consequência de uma vontade inexplicável de dar aulas reais, confessei(-lhes), repito, que talvez desejasse profundamente que um grande elefante caísse em cima de tal professor.
Sorriram e disseram que não, acrescentando palavras simpáticas, que não retive.
Deixaram de ser meus alunos (ou talvez ainda não, pela minha parte…), e hão-de seguir pela vida fora.
Enchi o peito e desejei-lhes felicidades.
Que mais pode um professor dizer?

José Batista d’Ascenção

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