Imagem adaptada, obtida aqui. |
Acordáramos que a ficha de trabalho seria realizada em tempo de estudo e de treino em casa e que eu verificaria, na aula desdobrada, oito dias depois, a execução por cada um.
Todos fizeram excepto o B. E não deu nenhuma razão plausível para o facto. Não fez, simplesmente.
Iniciámos a correcção e, como costume meu, solicitei imediatamente o B. para o primeiro exercício.
Muito espantado, o aluno pediu a palavra, mas não propriamente para tentar responder, antes para perguntar, respeitosa, mas assertivamente:
- Se o professor sabe que não fiz o trabalho, nem me preparei, nem sei responder, porque me escolhe a mim para dirigir as perguntas?
Ao que respondi:
- Precisamente porque não trabalhou, vai trabalhar agora, com a ajuda de todos.
De seguida, acrescentei que, ao privilégio de poder vir à escola, tem que corresponder a obrigação de estudar e de fazer os possíveis por aprender. E, em insistência abstrusa, mais disse que, havendo tanta gente que pensa que não é assim, então, cabe a essas pessoas procurarem as escolas que premeiem a falta de aplicação, onde quer que existam.
Duas aulas depois, o B. (já) não fazia parte da lista de nomes da turma.
No dizer dos colegas, terá mudado de curso.
Será que se tinha colocado à experiência, para saber se gostava do «curso cientifico-humanístico de ciências e tecnologias»?
José Batista d’Ascenção
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