Após a habitual saturação com reuniões penosas, para dar conta de exigências burocráticas formais, basicamente inúteis, cá estamos para o que interessa: dar aulas e ensinar alunos.
Porque estou (mais) velho, os condicionalismos legais da componente lectiva determinam que volte a ter alunos do ensino básico, mais de vinte anos depois. São meninos de 7º ano de escolaridade, com cerca de 12 anos.
Estou com medo. Medo de não ser suficientemente capaz de estimular (ou até de fazer murchar ou matar!) neles o gosto de aprender. Quando dei aulas a alunos destas idades achava-lhes graça e sentia ternura pela inocência e curiosidade daqueles passaritos, regra geral, receptivos às normas e disponíveis para o trabalho. Vejo-os e recordo-os com os olhos e os sentimentos de então, ou disso estou convencido, mas as crianças que vou encontrar são de outro tempo e vêem-me, seguramente, de modo(s) bem diverso(s) do que supunha na altura, e procuro imaginar, agora.
É um desafio enorme. Sinto-me à prova, perante eles, perante mim e não apenas.
Com os maiorzinhos nem dou pela preocupação. Ou ela está camuflada pela expectativa em relação aos mais pequenos.
Vamos ver como corre.
Desejo-me felicidades.
José Batista d’Ascenção
Como sempre, Zé, revejo-me no que escreves. E concordo!
ResponderEliminarObrigado, Regininha. "Bom ano". Beijinho.
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