quarta-feira, 22 de março de 2023

Tempo e discurso

Numa aula de história de 9º ano de escolaridade, a professora aborda a primeira grande crise do capitalismo, mostrando uma caricatura “clássica” do capitalista, em que realça a atitude, a vestimenta, o charuto e o facto de ser gordo.

Imediatamente, uma aluna intervém, diligente e incisiva:

- “Stora”: “gordo” não se diz, que é preconceito.

Com paciência e calma, a professora refere o valor das palavras, enquanto conceitos, e o respeito que devem merecer(-nos).

A menina rola os olhos, algo confusa, e a coisa fica por ali.

Há agora o que chamam «discurso inclusivo» e quem procure impô-lo nas escolas.

É um pequeno exemplo, que revela onde já chegámos.

O futuro (nos) revelará o que mais vier.

José Batista d’Ascenção

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