Ocorreram as reuniões de avaliação dos alunos do 9º, do 11º e do 12º anos de escolaridade.
Este ano, porventura ainda mais do que nos anteriores, sentiram-se pressões dos alunos e dos pais tão eficazmente que cada vez mais professores parecem transformados em defensores da inflação de classificações.
Desde há vários anos que as pautas de classificação das disciplinas de 12º não sujeitas a exame nacional revelavam uma fartura de vintes, nalguns casos, chocante.
O Prof. David Justino chegou a chamar publicamente a atenção para o caso, mas, depois, que eu me desse conta, calou-se sobre o assunto. Houve ainda umas acções da inspecção em algumas escolas, mas de nada adiantou.
Agora, o mal estendeu-se às próprias disciplinas que têm exame e manifesta-se igualmente no 11º ano e mesmo no 10º.
Basicamente, os professores entusiastas do procedimento advogam-no como medida pedagógica, “argumentando” com a importância de qualquer décima para se entrar no curso pretendido ou para ficar numa universidade mais perto de casa ou, simplesmente, por ser um procedimento de «justiça», para «não prejudicar ninguém».
A escola chegou a este ponto.
Sempre muito disponível para fazer sugestões e emitir opiniões no espaço público, o senhor presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, não terá nada a dizer?
E o senhor presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel António Pereira?
E organismos como o Conselho Nacional de Escolas?
E o senhor Ministro da Educação, Fernando Alexandre?
José Batista d’Ascenção
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