quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Renego o que escrevi quando escrevi isto

É lá possível! Mas foi, não há dúvida, logo que me mostraram tive que aceitar. Apetece-me dizer que eu (escrevinhador) não era eu (professor). Publicamente o confesso.




Ora veja-se:




    “Polícia”

Alinhavar palavras num soneto

Enquanto os alunos fazem teste

Quebra-cabeças em que me meto

Para evitar que o vazio me moleste


Eu tão sem nada que fazer…

Tão inútil, nesta sessão de vigilância.

E eles tão aplicados, a sofrer!?

Mais um obstáculo, em percurso de errância…


Desejei que a todos corresse bem

E gostava de vê-los contentes ao sair

Mesmo calculando as dificuldades que têm


Porquê esta prova, fazê-los cair?

É assim que chegarão mais além?

Que termine o exame, vão-se distrair!


    No acto de vigilância, cerca das 10 horas do dia 05/06/1995, na Escola Secundária de Maximinos – Braga.

    Lido como “castigo” aos alunos retardatários na entrega da prova.

    José Batista d’Ascenção

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