É lá possível! Mas foi, não há dúvida, logo que me mostraram tive que aceitar. Apetece-me dizer que eu (escrevinhador) não era eu (professor). Publicamente o confesso.
Ora veja-se:
“Polícia”
Alinhavar palavras num soneto
Enquanto os alunos fazem teste
Quebra-cabeças em que me meto
Para evitar que o vazio me moleste
Eu tão sem nada que fazer…
Tão inútil, nesta sessão de vigilância.
E eles tão aplicados, a sofrer!?
Mais um obstáculo, em percurso de errância…
Desejei que a todos corresse bem
E gostava de vê-los contentes ao sair
Mesmo calculando as dificuldades que têm
Porquê esta prova, fazê-los cair?
É assim que chegarão mais além?
Que termine o exame, vão-se distrair!
No acto de vigilância, cerca das 10 horas do dia 05/06/1995, na Escola Secundária de Maximinos – Braga.
Lido como “castigo” aos alunos retardatários na entrega da prova.
José Batista d’Ascenção

 
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