Segue-se um conjunto de três textos, outras tantas partes do resumo da palestra intitulada «A Terra - um planeta 'lixado'», num resumo feito pelo autor, a quem muito se agradece a possibilidade de publicação.
A letra C
Toda a gente sabe que qualquer motor para trabalhar precisa de um Combustível que, através de reacções químicas exotérmicas (Combustão), liberta Calor (energia) suficiente para que o motor funcione. Os Carburantes (gasolina, gasóleo, álcool, gás, etc.) são Compostos orgânicos com Carbono (C), Hidrogénio (H2) e Oxigénio (O2). Da Combustão, resultam outros Compostos, dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO), por exemplo, que são expelidos pelos tubos de escape, sendo até poluentes.
Todos sabemos que o nosso Corpo tem vários “motores”. O Coração é um desses “motores” que está sempre a “bater” (trabalhar) e que não pode parar. Quando pára, morre-se. Se o Coração é um motor, tem de haver um Combustível para que este motor funcione. Esse Combustível é a Comida, que não é de plástico, nem são pedras, mas sim produtos vegetais, animais e de outros seres vivos, como, por exemplo, cogumelos e leveduras, isto é, de diversos seres vivos, da Biodiversidade. Essa Comida que ingerimos é transformada no nosso organismo em energia (Calor), através de reacções exotérmicas (reacções catabólicas) semelhantes à referida Combustão, que vai fazer com que os vários motores do nosso Corpo, entre os quais o Coração, trabalhem e nos mantenham vivos.
Na Comida estão as substâncias Combustíveis com Carbono (C), Hidrogénio (H2) e Oxigénio (O2), como são os hidratos de Carbono (açucares, farinhas, etc.), lípidos (gorduras, como o azeite, a manteiga, etc.) e proteínas (na carne, no peixe, nas leguminosas, como o feijão, a fava, a ervilha, etc.). Estas últimas têm mais um elemento químico, o Azoto, também chamado Nitrogénio (N2), que, apesar de nos ser muito útil em reduzida quantidade, é muito tóxico. Assim, tal como acontece com os veículos automóveis, da comida que ingerimos, o que não é transformado em energia é expelido do nosso corpo sob a forma de fezes. Mas nós temos de ter outro escape para o excesso de azoto. Esse escape é o aparelho urinário. Por isso, a urina inclui muitos compostos azotados (nitrogenados).
Jorge Paiva
(Biólogo)
Centro de Ecologia Funcional. Universidade de Coimbra
Afixado por José Batista d'Ascenção
Sem comentários:
Enviar um comentário