Leio (e releio), em notícias de órgãos de informação credíveis, que foi uma professora de uma escola pública da “Grande Lisboa”, que há anos participa na elaboração e revisão de provas de exame de Português de 12º ano, que protagonizou a fuga de informação relativa ao exame daquela disciplina na 1ª fase, dia 19 do mês passado. A divulgação mais ou menos restrita do conteúdo, ou parte do conteúdo, da prova, através das redes sociais, terá partido de uma aluna do colégio dos Salesianos, em Lisboa.
Aos professores a quem são cometidas aquelas funções são exigidos compromissos de confidencialidade e dever de reserva que deviam assegurar o rigoroso secretismo de todo o processo.
No entanto, leio também que essa professora é… «explicadora» de vários alunos do ensino secundário e que terá sido nessas funções que prestou informações sobre o conteúdo da prova de Português. Ora, isto eu não entendo, quero dizer: isto eu não aceito! Então uma professora que participa na elaboração de um exame nacional pode ser explicadora (seguramente remunerada) de alunos que vão submeter-se a esse exame? Isto não constará explicitamente no conjunto de limitações e impedimentos a que os professores que fazem exames estão sujeitos?
Não, eu, cidadão e professor, não entendo: quero dizer, não aceito!
Bem sei que não (me) vale de nada, mas fica escrito.
José Batista d’Ascenção
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