Imagem obtida aqui. |
Decorrem por estes dias os conselhos de turma para avaliação dos alunos do ensino básico e secundário neste final do segundo período. Burocratizadas até ao absurdo, especialmente no ensino básico, e com tendência a alastrar ao secundário, estas reuniões não cumprem idealmente a sua função, o que, obviamente, não põe em causa a necessidade de que se façam e de que haja avaliação ao longo do ano.
Por hoje, dou conta apenas de alguns pormenores (entenda-se, «pormaiores!») que cada vez me custam mais e que ontem, num dos casos, ditei para uma acta, nos seguintes termos: «entre os aspectos menos conseguidos ou favoráveis, continua a ser prática de um aluno não responder a qualquer das questões abertas dos elementos escritos de avaliação [leia-se, testes], o que dificulta a obtenção de dados de classificação mais aferidos.»
Numa outra turma, comentei o facto de as respostas escritas de outro aluno não se entenderem, pelas dificuldades do seu pensamento, mas também pela sua letra frequentemente ilegível e pelo modo como (não) redige.
E isto acontece no 11º ano!
Que fizemos e fazemos da nossa língua?
Li aqui que «há escolas portuguesas onde, apesar do desleixo do Ministério da Educação, [se tem] testemunhado um esforço notável dos seus professores para incentivar a leitura e a boa escrita». É um bálsamo insuficiente. Porque não são todas as escolas?
Há outras pessoas (professores, por sinal) que dão um contributo inestimável nesta área, dentro e fora da escola, como é o caso de Cristina Fontes, quinzenalmente, no jornal «Correio do Minho». Estas pessoas, não desistentes, merecem enormemente o nosso apoio e o nosso estímulo.
Páscoa Feliz.
José Batista d’Ascenção
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