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Estamos na habitual corrida contra o tempo: são as rubricas do programa que falta cumprir (nunca falto, mas atraso-me sempre), o peso do cansaço e lentidão dos alunos e o número de tempos de aulas que se (com)some velozmente, a cada dia que passa.
No ensino secundário estamos prisioneiros dos testes (que é preciso elaborar, aplicar, classificar, entregar e corrigir), de que se obtêm dados «objectivos» quantificáveis, e a que os alunos se resignam, conferindo-lhes, eles mesmos, a importância que não deviam ter, porque cada aula é, mais que um teste, uma sessão de «testes», embora não possível de quantificar, nem de aplicar a todos por igual – quem diz o contrário carece de credibilidade e/ou… de prática lectiva, Os pais, também eles, vêm nos testes marcos/obstáculos em que é preciso investir (esforço e dinheiro em explicações, tantas vezes). Destes exercícios de «tudo ou nada» (porque somos muito avessos ao trabalho quotidiano paulatino) resulta (grande) sofrimento dos professores, dos alunos e dos encarregados de educação, originando, em muitos casos, resultados longe do desejável e situações difíceis de gerir.
Os alunos com quem trabalho este ano lectivo são todos capazes, o que não impede um ou outro caso problemático, em que – ainda! – não consegui a eficácia necessária, da minha parte e da parte dos próprios.
Mas «a vindima é até ao lavar dos cestos». Todo o tempo é tempo de…, mesmo que (já) não se vá a tempo.
Não é permitido desistir. Vamos lá.
José Batista d’Ascenção
PS. O texto tem por base o que se passa no ensino secundário, nas disciplinas em que há exame nacional, e decorre da experiência vivida do escrevinhador.
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