quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Testes e exames avaliam alunos, professores e a si mesmos, enquanto instrumentos de avaliação

Imagem obtida via «google»
Se interrogássemos os alunos apenas sobre o que eles sabem (há nas escolas quem o sugira…), em qualquer área ou disciplina, obtínhamos (muito) melhores classificações. Mas é preciso avaliar o que eles aprenderam sobre determinadas matérias durante um determinado tempo (lectivo, supostamente) e então surgem os problemas.
É indiscutível que as crianças são (mais ou menos) curiosas e precisam de aprender.
É líquido que não podemos deixar de as ensinar.
Também não oferece dúvidas que é necessário aquilatar o andamento e a eficácia dos processos de aprendizagem.
E decorre do anterior que é imprescindível investigar sobre as melhores formas de ensinar e de aprender, assim como não se pode prescindir da concepção e aplicação de técnicas e instrumentos de avaliação do que se ensina (bem ou mal) e do que se aprende (ou não se aprende, mas devia).
São muitos objectivos facilmente falíveis e espinhosos, nessa medida. A investigação pedagógica tem muito campo para desbravar, porque, até agora, em termos práticos, não fez mais do que arranhar a superfície dos (seus muitos) problemas. Enquanto arte, a pedagogia tem que apoiar-se nos dados da ciência, mas as variáveis são tantas, e tão caprichosas, que (ainda?) não temos equação que as resolva a contento. Em consequência, da (melhor) pedagogia para casos difíceis poucos executantes sabem muito.
Há professores que são (muito) bons [conto-me entre os que tiveram a sorte de ter tido alguns, não muitos]. Desconfie-se dos que se gabam de serem professores excelentes. Do lado de quem aprende é mais fácil a destrinça de quem é ou não é bom professor. Também é normalmente fácil para os professores distinguirem os bons alunos. E muitos deles são excelentes.
De excelência devia ser (também) a escola que os acolhe, a eles e aos restantes. Ou no mínimo não desistir de o tentar.

José Batista d’Ascenção

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