Imagem adaptada. Fonte: aqui. |
Dia treze de Janeiro (de 2020), caminha para as 20.00 horas, está frio, e eu aguardo no carro que uma professora no trigésimo sétimo ano de serviço (lectivo), com cinco turmas e uma direcção de turma atribuídas, depois de uma manhã repleta de aulas, termine a primeira de umas quantas sessões de uma acção de formação que não lhe servirá para muito (na sua prática docente com os alunos), excepto cumprir o requisito, segundo informam os serviços administrativos, para que possa subir de escalão daqui por uns largos meses, quando se cumprir o tempo necessário.
Supunha ela que já tinha as horas de formação mais que necessárias porque, sendo de História, frequentara em 2018 uma acção de formação patrocinada pela Direcção Geral de Educação (estrutura do Ministério da Educação), em colaboração com a Associação de Professores de História, sobre o «Holocausto». E ficou incrédula, quando, no fim, essa formação, que lhe foi grata, acabou por não ser considerada como específica para o seu grupo disciplinar (agora diz-se «grupo de recrutamento»), que é o de… História. Alguém pode entender?
Não. Mas aquilo que se passa no ensino não é (facilmente) compreensível à luz de um mínimo de racionalidade. Alguém põe e dispõe, sendo que as consequências recaem invariavelmente sobre os mesmos de sempre, a saber: os alunos, que não aprendem ou aprendem menos do que podiam e deviam e os professores, que vêem ser-lhes arruinadas a paciência e a saúde.
Foi e é assim. Até sempre, parece.
Fica escrito.
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