Forma inadequada de cumprimento. Fonte da imagem: aqui. |
Recomeçaram as aulas. As condições físicas das escolas, sobretudo o espaço entre os alunos no interior das salas e as (im)possibilidades do indispensável arejamento nos dias frios ou chuvosos, deixam (muito) a desejar e causam receio. O estado de saúde de muitos professores, especialmente daqueles que às mazelas somam o peso da idade, preocupa. Assim mesmo, não podíamos não voltar às aulas presenciais, necessárias para todos os alunos, especialmente para os menos providos de meios tecnológicos próprios.
Há dias, entre as múltiplas medidas preventivas recomendadas, que uma enfermeira ia relembrando aos professores, em reunião havida para esse e outros efeitos, constava a dos cumprimentos entre as pessoas. À dúvida pertinente de uma professora, sobre se não era inadequado recomendar que se tussa ou espirre colocando a dobra entre braço e antebraço a servir de escudo e depois usar o toque de cotovelos para fazer saudações, hesitou a técnica de saúde, aparentemente surpreendida, antes de sugerir o que parece ser comum entre os alunos – dar um toque com as partes antero-exteriores dos pés. Fraca medida, em meu entendimento, principalmente para pessoas que, além de deverem manter-se a conveniente distância, já quase precisam de usar bengala. Outros modos de cumprimentar recorrem agora ao (deselegante) toque entre punhos, com a parte exterior dos dedos fechados. Não vejo vantagem no procedimento.
Porque não recomendar a saudação por voz, à conveniente distância física, com um simples “olá” ou “bom-dia” ou “boa-tarde” ou “boa-noite” ou outra expressão apropriada? E reservamos os beijos, os apertos de mão e os abraços para os casos em que podemos dá-los ou para quando viermos a poder.
Olá, a todos.
José Batista d’Ascenção
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