Ontem, depois das 20.00 horas, na SIC, em (curta) entrevista a Clara de Sousa, o senhor Ministro da Educação, a pergunta incisiva da jornalista sobre o facto de o orçamento para a educação em 2017 contemplar uma verba inferior ao que se gastou este ano, referiu que se está “a comparar o incomparável”. Segundo ele, o que é comparável é o que se orçamentou para 2016 com o que se prevê gastar no ano que vem. Ora, se o orçamento é para ser levado a sério, só é legítimo comparar o que efectivamente se gastou - e não o que se previu (mal?) que se ia gastar – com a despesa que se prevê que vai ser feita. Não há volta a dar: o que conta no ano que passou são os dados reais, de que (já) podemos dispor. E só pode ser com base neles que se deve considerar o orçamento do próximo ano.
Noutro passo, sobre outro assunto, o senhor ministro referiria ainda a “verdade" dele por oposição à “verdade" de um seu ex-secretário de estado. Incomoda, ouvir falar assim. Este não pode ser o discurso.
Não esteve bem, o senhor Ministro da Educação.
José Batista d’Ascenção
Sem comentários:
Enviar um comentário