quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O rendimento escolar melhora e o das raparigas é melhor que o dos rapazes

Dados divulgados hoje pelo Ministério da Educação (decorrentes de análise do percurso dos alunos do 3º ciclo e do ensino secundário pela DGEEC) mostram que a percentagem de alunos que nunca reprovaram nenhum ano e que tiveram positiva nos exames nacionais, no ano lectivo passado, aumentou (de 40 para 46% no 9º ano e de 37 para 42% no 12º ano), sendo que as raparigas obtêm melhores resultados do que os rapazes [No 3.º ciclo, a maioria das raparigas (51%) teve um percurso de sucesso contra 41% dos rapazes, e no secundário as mulheres também registaram melhores resultados (47% contra 37% dos homens)]. Outra verificação é que os jovens de famílias carenciadas têm um percurso escolar com mais reprovações. [notícia lida aqui]

Quanto ao aumento do rendimento escolar, saúda-se, por ser bom que assim seja e desejável que  a tendência se mantenha.
Já em relação ao melhor aproveitamento das raparigas face ao dos rapazes, tirando o interesse da quantificação, não há novidade, sabíamo-lo. Os teóricos é que ainda não começaram a sugerir remédios para a situação (o que, tendo em conta o experimentalismo voluntarioso do ensino em Portugal, não é necessariamente mau) e os políticos não sabem o que fazer (e é melhor que não inventem). Há professores que têm algumas ideias para discussão: Adequação e adaptação dos curricula e dos programas? Modificação da sequência de leccionação de certas rubricas programáticas? Exercícios de treino diferentes sobre determinadas matérias? Abordagem diferenciada de alguns conteúdos?... Mas não creio que alguém esteja interessado em ouvi-los.
E sobre as dificuldades maiores dos alunos provenientes de famílias pobres, não era preciso estudo nenhum para concluir que é assim...

José Batista d'Ascenção

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