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Todos os organismos vivos são constituídos por unidades compartimentadas, de funcionamento bioquímico complexo, a que chamamos células (pequenas “celas”). Dizemos, por isso, que as células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. Os vírus são partículas biológicas que usam células específicas para se multiplicar, mas que não têm qualquer metabolismo (não se alimentam, não crescem, nem se reproduzem por si), pelo que não são seres vivos.
Surgidas na Terra há menos de 4000 milhões de anos (Ma), as primeiras células tinham uma organização (mais) simples. Algumas destas células englobavam outras para se alimentarem, mas porque, nalguns casos, as células englobadas realizavam alguma função útil, foram poupadas à digestão e passaram a viver em endossimbiose: recebiam alimento da célula hospedeira e forneciam-lhe alguma coisa útil em troca. Por evolução, ao longo de centenas de Ma, formaram-se células mais complexas a partir das associações de sucesso, de que resultou uma variedade de “órgãos pequenitos”, a que demos o nome de organitos ou organelos, cada um deles com uma importante função específica na célula.
Às células complexas providas de núcleo e de organitos membranares chamamos células eucarióticas (do grego: eu = verdadeiro e káryon = núcleo;) e àquelas que não apresentam núcleo nem a mesma riqueza de organelos membranares designamo-las por células procarióticas (organização anterior à existência de núcleo).
Por definição, um ser vivo tem, no mínimo, uma célula – diz-se, então, um ser unicelular. Se vários seres unicelulares idênticos vivem tipicamente agrupados, mas sem grande colaboração entre as diferentes células, chamamos a essa estrutura viva um ser colonial. Dos seres unicelulares e coloniais, alguns são formados por células procarióticas – são seres procariontes – e outros são formados por células eucarióticas – trata-se de organismos eucariontes.
Por especialização e diferenciação progressiva das células de alguns seres coloniais eucarióticos, a evolução biológica resultou em seres pluricelulares de organização muito complexa, formados por tecidos celulares muito diferentes (conjuntos de células de forma e fisiologia idêntica que desempenham a mesma função, como por exemplo as células de diferentes tipos de músculos, as do cérebro ou as do fígado, etc.), que constituem os diferentes órgãos (coração, rins, etc.) os quais formam os diversos aparelhos ou sistemas (de reprodução, de excreção, de transporte…) de cada organismo complexo - são seres eucariontes pluricelulares.
Antes da invenção dos microscópios, não se conheciam os seres vivos de dimensão mais pequena, particularmente os unicelulares. Só com a ajuda de lentes e de sistemas de lentes foi possível observar os micróbios. Até essa altura, os seres vivos eram arrumados em dois grandes grupos, chamados reinos: o Reino Animal e o Reino Vegetal.
Naturalmente, esta divisão passou a ser insuficiente…
José Batista d’Ascenção
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