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Não terá sido uma “fuga em frente”, foi mais uma inércia cega e errática, face às pressões que a exigiam: governo, directores escolares, com destaque para a voz do seu presidente corporativo, representantes dos pais e uma plêiade de “especialistas”, apoiados na falta de “evidências científicas”, tardaram no fecho das escolas, até ao momento em que a realidade se impôs. Mas as responsabilidades estão bem repartidas e a larga maioria de nós não lhes escapa.
Atrapalhados e mal preparados, temos agora uma realidade escolar muito mais difícil, agravada pelo facto de não sabermos quanto tempo vai durar. Assim mesmo, cabe-nos a dose de serenidade necessária para limitarmos os estragos, olhando para as nossas crianças e jovens, com a firme determinação de lhes fazermos sentir que há um conjunto de doenças individuais e sociais para vencer que não diminuem o afecto que lhes temos nem afectam a nossa obrigação de os proteger e de os ensinar. Enquanto aguardamos o regresso à escola, que é o sítio e o meio ideal para isso.
A situação e os tempos estão nebulosos, as estratégias do tipo «barata tonta» nunca resultaram, os meios tecnológicos são imprescindíveis, mas, para além das limitações intrínsecas, não resolvem a impreparação, a desorganização, a burocracia e a incompetência estrutural nem, muito menos, são imunes aos negócios oportunistas e ao desperdício. Seja como for, estamos cá.
Apanhamos os cacos, compomos o jardim e cuidamos das flores. Com empenhamento e a humildade de reconhecer erros e aprender sempre. Para podermos ensinar alguma coisa.
Hoje e amanhã.
Até já.
José Batista d’Ascenção
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