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Os alunos de 11º e 12º anos e alguns dos seus professores voltam à escola na próxima segunda-feira. Uns e outros têm receio. Não poucos estão com medo. Vai ser proveitoso? Conseguiremos abstrair-nos do facto de estarmos permanentemente com uma máscara, termos de falar com ela e não podermos aproximar-nos uns dos outros a menos de metro e meio? E se alguém ficar infectado, nessa altura conseguiremos lidar facilmente com a necessidade de que todos os que contactaram com essa pessoa fiquem de quarentena?
Dado que vamos regressar, convém-nos a maior serenidade, por vários motivos: não descurar os cuidados e os procedimentos preventivos necessários, tentar que as actividades, mesmo em condições muito limitadoras, tenham o máximo proveito e retomar a normalidade possível.
Pondo de lado a ideia dos exames nacionais enquanto foco hipervalorizado do regresso (como se deles tivesse que depender o que de mais importante a escola faz), o facto é que algum dia tínhamos de voltar. Vamos ver como corre. E façamos por que corra da melhor maneira.
Como os alunos destas idades já são crescidos é suposto que sejam capazes de, cuidadosa e corajosamente, corresponder sem problemas inultrapassáveis. Por maioria de razão, aos professores compete o mesmo.
Solidariamente, preocupo-me mais com as pessoas que vão trabalhar nas creches, com os mais pequeninos. Como vão elas conseguir? Para além das dificuldades, se os procedimentos recomendados tiverem de ser mantidos durante muito tempo, será que a «formatação comportamental» face ao outro, que vai ser incutida nas criancinhas, pode deixar marcas? E que marcas?
Enfim, voltamos à escola.
A escola somos nós. Lá vamos.
José Batista d’Ascenção
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